Biu 61.

Ontem foi aniversário do meu pai, Seu Severino José da Silva.
61 anos de muito caráter, saúde, paz e uma barba branca de fazer inveja a qualquer um.

Parabéns meu pai.

Lá vai mais um.

E continua a debandada da população companheira para fora do Estado.
Já foi o Mala e a Nega, Patrícia já ta lá e Play ta indo em seguida.
Ontem foi Joju.
Joju foi ontem e a saudade já é grande.
Essa cidade não vai ser a mesma coisa sem ela.
Nem eu!
Conversas sem hora para acabar sobre tudo e todos, risos sem fim, pizzas no domingo, sushi no meio da semana, hospital do Doutor Bonitão às 2h da madrugada, vestidos, chapéus, olhos verdes, vai tomar banho, cabelo igual ao do Chitão, não bate a cabeça nas minhas casinhas, fica aqui, vem pra cá, vai agora não, vai que eu não te aquento mais, Rock Bolboa, Cher, Belchior, Alcione, James Blunt (eca!), cadê meus discos, batata frita, Bugaloo, queijo Polenguinho, Coca Light , teu DVD parece um vídeo cassete, o controle da TV é meu, filmes cabeção, Blue Vídeo, SMS, Dona Pomp, piscina, vida de madame, quadros, gravuras, festinhas...

Fico feliz por ter visto e ter vivido.
Mas vai fazer uma falta...

Um Youtube só meu.

A geração de hoje tem uma grande sorte fazendo parte da vida dela.
Se chama Youtube.
Chegamos ao ponto de ter registro de tudo em imagens. Daqui a algum tempo vc vai poder ver imagens daquela festinha que vc foi, sem problema nenhum. Ver pessoas cantando músicas, rindo e sorrir de novo vendo tudo isso de novo.
Pedro e Arthur, meus sobrinhos, vão ter uma pouco disso. Uma vida toda dentro de uma site. Eles vão ter mais tempo para aprender a mexer e ter registros maiores e de melhor qualidade.
Eu queria ter isso. Gostaria muito de poder entrar no Youtube e ver meus primeiros
passos, meu primeiro beijo, poder ver minha face diante do meu primeiro amor, analisar decisões que tive que tomar para não cometer os mesmo erros e sorrir com momentos que envolvem pessoas que amo, pessoas que estão perto ou que estão longe ou que nem nesse mundo estão mais.
Acho que faz parte dos 30 que vem por aí. To nostálgico. Confesso que fico puto hoje por algumas decisões que tomei.
Mas como eu disse para Monicão, o “se” não joga e nunca vai jogar nesse jogo.
Max sempre confiou nas voltas que o mundo deu e nas voltas que o mundo dará, e ele se deu bem com esse tipo de pensamento.
Eu to com ele e numa volta ou outra eu vou vivendo a vida.