quarta-feira, novembro 29, 2006

Enquete.

Ainda abordando assuntos levantados no fim de semana na praia com base em tema de conteúdo endócrino e cultural popular, resolvi levantar uma enquete aos leitores desse blog.

Para você leitor, o que Diabete?

segunda-feira, novembro 27, 2006

Garrafão de 20L

Casa na praia só serve com pessoas da melhor qualidade e com astral lá em cima e nisso eu tenho sorte.

Fim de tarde em Maraca precisávamos comprar água mineral para casa, fomos até a loja, a mesma que compramos da outra vez com a certeza de ter comprado água e o garrafão.
Tivemos problema na compra. A vendedora disse que não confiava em nós, pois levamos o garrafão da última vez e não pagamos por ele. Já nós tínhamos certeza que tínhamos comprado água com garrafão.
Nesse momento a vendedora sai e dá o lugar para a dona do estabelecimento na discussão.
Por nossa parte quem está mais a frente da conversa é Renata Paiva. Morena, alta, bonita, médica e irônica.

Segue melhores momentos do diálogo:

Vendedora: É que vcs compraram água da última vez e não devolveram o garrafão.

Renata: Mas a gente falou para sua funcionaria que queríamos comprar um garrafão, como é que eu vou comprar água sem ter um garrafão?

Vendedora: Mas vcs deveriam saber que não estavam comprando um garrafão pelo preço que vcs pagaram.

Aí nossa amiga Renata bota um sorrisinho na cara e diz:

Renata: E como é que eu posso saber disso, as pessoas não nascem com um garrafão grudado no corpo.


Conversa vai conversa vem, depois de algumas faíscas, pagamos o valor do garrafão e levamos nossa água.

Mais tarde em uma mesa de bar, ficamos analisando o grau de ironia de nossa amiga Renata Paiva.

Com pensamentos do tipo “Mundo de Bob”, ficamos imaginando pessoas nascendo com seu próprio garrafão de vinte litros.
Imagine a mãe dando a luz nessa situação, o médico diz “É um menino lindo” e a mãe pergunta “E o garrafão, é de que marca?” ou então o pai olhando o seu filho na maternidade, aí o cunhado pergunta “qual é o teu filho?” e o pai responde orgulhoso “ É o bonitão ali com o garrafão da Indaiá”. Pior seriam os partos de emergência por que a criança está com o cordão enrolado no pescoço e com a cabeça dentro do garrafão.

Eu ri que só a porra!

sexta-feira, novembro 24, 2006

Casados.

Ontem eu levei os maranhenses que estão de passagem lá em casa para ver o Dibomton na Toca da Joana. Pra minha tia não teve coisa melhor, ela adorou.
Na chegada ao local encontrei com Diogo e Adriana, ambos com um pouco mais de uma semana de casados. Estão lindos!
Adriana só faz rir e Diogo tá até tocando e cantando melhor. Eu tenho muita vontade de casar e quando eu vejo gente assim a vontade aumenta.
Outro ponto bom é que o casal agora são os novos moradores do bairro de Casa Forte. Pra Diogo isso deve estar sendo o céu.
Eu sinto por Olinda que está perdendo um cidadão e um músico de grande qualidade.
Vou torcer para que ele continue fazendo os frevos bonitos que ele faz mesmo distante da terra.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Restaurante Apettizing

Aqui perto do trabalho tem um restaurante chinês com comida regional brasileira.
Na verdade, a única coisa de chinês que tem no restaurante são a dona e a filha dela. As duas só conversam em chinês, eu não entendo porra nenhuma, deve tirar a maior onda de minha cara e eu nem sei.
A comida é regular, o lugar é apertado, a garçonete é uma porta de grossa e o ambiente não tem exaustor, o cheiro não sai. Na verdade sai, encruado em sua roupa. O pior de tudo é que de cinco em cinco minutos tem uma máquina de Bom Ar que solta o produto na tentativa de amenizar a situação, fica o cheiro da comida misturado com o Bom Ar. Merda é melhor!

Bom mesmo é pedir alguma coisa a proprietária e ouvir o sotaque chinês.

Segue a situação:

Chinesa dona do restaurante: O qui vai beber ah?
Eu: Suco de Cupuaçu sem gelo e sem açúcar.

Nesse momento ela caminha até a janelinha que da acesso a cozinha é grita:

Chinesa dona do restaurante: Zuco de Coponnaçu zen gielo e zen azuca, hihihi.

Eu me acabo de rir e ela tb.
É muito bom!
Amanhã eu vou lá só pra pedir o de Tamarindo.

terça-feira, novembro 21, 2006

Metido a Cavalo do Cão.

O correu no sábado, é que realmente eu não tive tempo de escrever antes e lá em casa está sem net novamente. Não sei explicar o porque, perguntem a Gabriela Serejo.

Estou tentando manter uma linha de exercícios que me agradam para que eu não vire um sapoboininjamutante e dentro dessa filosofia bicicletas me agradam bastante. Domingo retrasado fui até o Marco Zero de Bike com a minha bola de basket nas costas (Wilson, preta e vermelha, linda! Appolo ficou em casa)o objetivo era jogar na quadra da Rua da Aurora, mas no Brasil o futebol fala mais alto. Adoro futebol, mas não jogo bem.
Sem espaço para o meu basket, fui para o Marco Zero, cantei e bati palma na roda de capoeira do Axé Brasil (não pude jogar pois estava sem abadá) e pra minha sorte, na volta para casa passei novamente pela quadra e ela estava vazia pelo menos em uma das tabelas. Joguei umas duas horas com alguns personagens do local, nível médio, mas agradou bastante.

Estou tentando ir andar durante a semana por volta das dez da noite, mas isso causa preocupações nas pessoas que gostam de mim, por isso estou tentando controlar a vontade de andar nesse horário. Mas é excelente! Vou até o Senzalinha e volto. To tentando fazer distâncias maiores cada vez que saio para dar uma volta.

Esse sábado resolvi ir até Olinda, uni o útil ao agradável, arrumei as coisas, botei a bola nas costas (depois tinha uma quadra boa no caminho...) e fui. Antes de sair de casa Marly disse:

- Não vai!
- Vai chover!
- Tu pode cair!
- Tem muito carro na rua!
- Eu sou tua mãe, presta atenção no que eu to falando.

Eu disse:

- Calma mãe.
- Só vou dar uma voltinha.
- Não tem o que se preocupar.
- Eu to acostumado.

E metido a cavalo do cão eu fui.

Cheio de vontade, numa velocidade boa, quando estava chegando perto do Fidji resolvi subir na calçada. O meio fio era baixo, mas eu errei o alvo e o pneu travou.
Voei longe, queda tipo de cinema.
Graças a Deus nenhum carro me pegou. Uma das coisas que eu aprendi com esses anos de capoeira foi a cair, dei um rolamento lindo e arranhei a palma da mão e o joelho. Dor da porra!
Quando levantei a primeira coisa que falei foi "o boquinha!" em referencia a Marly Serejo por tudo que ela tinha dito.
Na volta ainda cheguei a comentar comigo mesmo que só falta chover. Não deu dois minutos a água caiu. Procurei não pensar em roubos ou em atropelos para não acontecer o pior.

O fato é que Marly tinha razão.

O que eu quero dizer com esse texto todo é para vc escutar o que as pessoas que gostam de vc tem a lhe dizer ou pelo menos filtra caso essa pessoa seja exagerada feito Marly que se depender dela eu fico em casa pra sempre e viro padre.
Mas escutem. É bom, faz bem.

PS: Que texto grande da porra!

segunda-feira, novembro 13, 2006

Respeite meus cabelos brancos!

Foi esse sábado.
Tava dando uma olhada na peruca, quando eu vi tava ele lá, branco branco. Procurei pra ver se tinha outros, mas não achei.
Marly disse que já tava na hora.
Eu acho que tava mesmo, dos meus irmãos de "Tu Num Vai" eu acho que sou o último, todos já estão cultivando um telhado branco, na verdade alguns estão lutando para o telhado não cair.
Cabelos brancos não me incomodam, pelo contrário. Acho que vou ficar até charmoso nesse clima grisalho.
Se esse for o preço da maturidade, eu to curtindo.
Vai ver agora eu paro com esse cortes de cabelos muito doido, largo meus bermudões e as botinas e passo a usar calça capri com essas sandálias de dançar xaxado.

sábado, novembro 11, 2006

Lemon.

Zooropa pra mim é o melhor disco dos caras.
Adoro Lemon!
Lemon
see through in the sunlight
she wore lemon
never in the daylight
she's gonna make you cry
she's gonna make you whisper and moan
but when you're dry
she draws water from a stone
I feel like i'm slowly, slowly, slowly slipping under
i feel like i'm holding onto nothing
She wore lemon
to colour in the cold grey night
she had heaven
and she held on so tight
A man makes a picture
a moving picture
through light projected
he can see himself up close
a man captures colour
a man likes to stare
he turns his money into light
to look for her
And i feel like i'm drifting, drifting, drifting from theshore
and i feel like i'm swimming out to her
Midnight is where the day begins
midnight is where the day begins
midnight is where the day begins
Lemon
see through in the sunlight
A man builds a city
with banks and cathedrals
a man melts the sand so he can
see the world outside you're gonna meet herthere
a man makes a car she's yourdestination
and builds a road to run (them) on you gotta get to her
a man dreams of leaving she's imagination
but he always stays behind
And these are the days when our work has come assunder
and these are the days we look for something other
Midnight is where the day begins
midnight is where the day begins
midnight is where the day begins
A man makes a picture
a moving picture
through light projected
he can see himself up close gotta meet her there
a man captures colour she's yourdestination
a man likes to stare there's no sleepingthere
he turns his money into light she's imaginationto look for her
she is the dreamer
she's imagination
through the light projected
he can see himself up close.

terça-feira, novembro 07, 2006

O cara da barba branca.

Ontem a noite tive uma conversa pelo telefone com Seu Severino José da Silva. Para os que não conhecem, é meu pai.
Figura fácil de ser reconhecida. Pernambucano de Carauba Torta (é esse mesmo o nome do lugar que ele nasceu), não tão alto, olhos verdes e barba branca.
Confesso que hoje ele está bem mais bonito, existem fotos dele na juventude que por causa de uma vasta cabeleira parecia com a Gal Costa, não chegava a tanto por causa do bigode que cultivou até chegar a barba que usa a mais de 40 anos. Barba essa que eu gostaria muito de ter, mas misturando ele com minha mãe eu peguei traços da parte afro-indígena da família dela, por isso são poucos os pelos em minha face.

Conversando com meu pai ele perguntou se eu tinha visto a lua, disse que sim.
Ontem eu vi a lua logo quando ela estava nascendo. Uma das vantagens (são poucas) de trabalhar em BV é que todo dia volto pela praia e mesmo dentro do carro, até mesmo sem molhar o pé na água, rola uma energia boa. Comentei com meu pai como ela estava bonita em seu segundo dia de lua cheia, ele concordou e me contou uma história do seu tempo de criança que nos dias de hoje não acontece mais.

Meu pai disse que toda vez que vê uma lua tão brilhante ele lembra de quando tinha 8 anos de idade e sua diversão a noite era ir a pé por estradinhas pequenas de Carauba até a casa de Pai Vanvão (seu avô) para ouvir o rádio, seu caminho era iluminado pelos raios da lua que no céu do interior de Pernambuco devia ser um farol. A luz lhe ajudava a ver e a se livrar dos sapos que saltitavam pelo caminho, papai sempre teve medo de sapos.
Em uma das suas idas a casa de pai Vanvão para ouvir o rádio, seu Severino ouviu em primeira mão a notícia que Getúlio Vargas havia cometido o suicídio.
Eu achei isso fantástico!
O engraçado é que meu pai soube da morte de Getúlio no dia do acontecimento e eu comecei a ler "Agosto" de Rubem Fonseca essa semana. Coisas da vida.

Se não me falha a memória, dois anos depois, em 1957, seu Severino veio para a capital e viu o mar pela primeira vez aos 10 anos de idade.

segunda-feira, novembro 06, 2006

R.G.A.


Foi ontem, mas não posso de deixar de prestar a homenagem.
Márcio Alencar Galegura R.G.A Bocão fez aniversário nesse domingo e pela primeira vez (acredito eu) longe de casa e dos grandes amigos.
Quem conhece Márcio com eu conheço tem ele como irmão e todos sabem a falta que um irmão faz. Ontem senti falta desse irmão e queria muito ter dado um abraço nele, mas foi como falei pra ele no telefone, vc tá aqui e nos estamos aí em pensamentos, em espírito. E vai ser sempre assim meu amigo, estaremos sempre falando de vc e lembrando as coisas boas que vivemos, vc sempre vai estar por perto.
Separa esse colchão mago que uma hora desse eu chegou aí.

sexta-feira, novembro 03, 2006

Espíritos Zombeteiros.

Eu acho que os espíritos zombeteiros que freqüentam minha casa gostam mais de música do que eu. Essa semana eu estava levantando uma lista de alguns discos que eu não tenho idéia de onde estão. O post anterior me fez lembrar que eu tinha um coletânea de Arnaldo Antunes que eu amo e não sei onde foi parar.
Se por acaso, vc que está lendo esse blog estiver com algum disco desse compositor na sua casa e não sabe como ele foi parar lá, me ligue, tenho certeza que é o meu e que o espírito zombeteiro de minha casa é amigo do que mora na sua.

Nesse disco tem uma música chamada As Árvores.
Dá uma olhada. É linda.

As árvores são fáceis de achar
Ficam plantadas no chão
Mamam do céu pelas folhas
E pela terra
Também bebem água
Cantam no vento
E recebem a chuva de galhos abertos
Há as que dão frutas
E as que dão frutos
As de copa larga
E as que habitam esquilos
As que chovem depois da chuva
As cabeludas, as mais jovens mudas
As árvores ficam paradas
Uma a uma enfileiradas
Na alameda
Crescem pra cima como as pessoas
Mas nunca se deitam
O céu aceitam
Crescem como as pessoas
Mas não são soltas nos passos
São maiores, mas
Ocupam menos espaço
Árvore da vida
Árvore querida
Perdão pelo coração
Que eu desenhei em você
Com o nome do meu amor.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Dinheiro.

Nos Serejo Martins, esse é o lado que mais aflora em mim, pelo menos do pedaço da família que mora em Recife eu sou o mais mercenário, não sou de ficar doido por causa dele muito menos por falta, mas que mexe comigo mexe.
Se ser rico é não ter que contar tostão ou em algum momento da vida ter que ficar cortando daqui ou dali, eu acho que eu tenho uma vontade da porra de ser rico. Isso nunca vai ser centro de nada na minha vida, eu gosto do desafio, de lutar por ser bom no que sei fazer e me sentir bem com isso, se agrana vier melhor ainda.

Músicas explicam tudo, é por isso que tenho sempre uma melodia em minha cabeça.
Quando estava escrevendo lembrei dessa.
Mesmo que vc não saiba a melodia, leia a letra como se fosse uma carta, um texto normal.
A letra é a explicação do compositor (Arnaldo Antunes no caso) sobre o que é dinheiro.

Eu concordo com ele.


Dinheiro é um pedaço de papel
O céu é um
O céu na foto é um pedaço de papel,
Pega fogo fácil
Depois de queimar dinheiro vai pro céu
Como fumaça
Também é fácil rasgar
Como as cartas e fotografias
Aí não se usa mais
Porque dinheiro é um pedaço de papel
Um pedaço de papel é um dinheiro
Dinheiro é um pedaço de papel
Pode até remendar com durex
Mas não é tudo mundo que aceita
O que não se quer melhor não comprar
O que não se quer mais
Melhor jogar fora do que guardar em casa
Dinheiro tem valor quando se gasta
Um pedaço de papel é um pedaço de papel
Dinheiro não se leva para o céu