Eu e Comigo mesmo

Lógico que praia é muito melhor com casa cheia de gente que se gosta, mas nem sempre tudo é do jeito que se quer e não se deve temer diante de experiências novas. Foi isso que eu fiz esse fim de semana.
Liguei para as pessoas, busquei saber quem ia, tentei argumentar que ia ser legal, mas ninguém foi. Resultado juntei uns discos, dois livros bons, comida fácil de ser preparada, muitas idéias na cabeça, pouco dinheiro no bolso e fomos à praia, Eu e Comigo mesmo.
Descobri que me dou muito bem com Comigo mesmo, tranquilidade total. Confesso que estávamos um pouco fora do clima do local, a praia está uma badalação só, tá a cara de Olinda. Um cara com um livro na beira da praia é estranho demais tamanha oferta de corpus seminus que existe no local esse período do ano se movimentando para um mesmo local para balançar o esqueleto. Nada contra, eu até gosto, mas Comigo mesmo não tava afim.
Li muito, ouvi muita música, vi a Lua, falei sozinho o tempo todo, andei para o pontal, nadei, surfei. Nada de sexo. O mais perto que eu cheguei de sexo esse fim de semana foi um casal de cachorros que tentavam transar a luz da Lua, muito pouco romântico pois o macho estava um pouco violento, mas divertido.
O resultado disso tudo foi à descoberta que Eu e Comigo mesmo se dão muito bem. Pra falar a verdade se Comigo mesmo tivesse cabelos pela cintura, uma cintura gostosa, seios bonitos, pernas grossas, bunda redondinha e uma vagina, eu casava muito fácil.