segunda-feira, março 12, 2007

Contos da família Serejo Martins


Esse fim de semana Marly resolveu arrumar umas gavetas de fotos que temos aqui em casa. São muitas, relíquias são o que não falta. Arrumar gaveta de fotos é aquela história, se deixar você passa três meses pra terminar, é impossível não parar de cinco em cinco minutos para dar uma olhada naquela foto daquela pessoa ou daquele momento vivido e vida vivida nessa família é o que não falta.
Hoje eu estava pela sala, não resisti a uma fuçada e encontrei essa preciosidade.
Alguns podem até ter escutado a história desse personagem, mas uma imagem dele eu tenho certeza que vocês não viram.

Para os que não conhecem, esse é o incrível “Maravilhoso” um urubu que se ainda estiver vivo mora na casa do meu Tio Chico em uma parte de terra boa do Maranhão.
Maravilhoso no começo sobrevoava as terras do meu Tio e como todo urubu carniceiro ele dava um certo trabalho, comia ovos das galinhas, matava bichos menores entre outras coisas. Para a sorte de Maravilhoso, reza a lenda que onde tem um urubu, outro não chega nem perto e para aumentar ainda mais essa sorte, meu Tio Chico acredita nisso, então em vez de mata-lo, o bicho foi domesticado. Na verdade foi fechada uma boa sociedade, Maravilhoso não comia o que não devia, ganhava sua comidinha e fazia sua parte com a lenda local e de fato era dono do terreiro. Maravilhoso era da família, a última festa que estive na casa de meu Tio vi maravilhoso tomar até cerveja no copo e tenho fotos para provar isso, eu só não sei onde estar.

Sabe aquele ditado ou sei lá o que é que diz que a grama do vizinho sempre é mais verde? No caso de Maravilho foi o lixo. Sem explicações mais profundas, Maravilhoso acordou um dia cobiçando o lixo alheio e sem resistir a tentação, Maravilhoso caiu de boca no que não lhe pertencia e isso acarretou danos irreparáveis ao urubu. Houve uma tarde de reunião regada a cerveja entre os Serejo Martins que sentimos a falta do Maravilhoso, Zé (funcionário da casa) foi a sua procura e encontro o bicho em outra rua distante enfiado no lixo dos outros, Zé levou-o de volta para casa e para podermos controlar os vôos do urubu, suas asas foram podadas. Para nós fez um bem enorme, pois assim poderíamos ter a presença do Maravilhoso, mas para ele psicologicamente foi trágico. Maravilhoso não voava mais, o máximo que fazia era bater forte as assas na tentativa de impor a sua posição como urubu rei do seu terreiro. Eu acredito que não funcionava muito, Maravilhoso ficou parecendo uma galinha preta e feia.
Essa foto explica um pouco isso. Esse é o momento em que Maravilhoso está batendo as assas querendo dizer:
“Eu sou um urubu, caralho!”

Feliz ele deve estar, principalmente se ainda fizer parte da família.

4 comentários:

d meira disse...

ê, maravilhoso...

:D

Benedito disse...

minha tia criou um urubu em uma gaiola, lá no Cabo de Santo Agostinho. Na verdade, ela não tinha noção que era um urubu.
abração!

Alice disse...

Olá
Eu achei o seu blog poracaso, pesquisando sobre a família Serejo *eu faço parte da família Serejo*.
Eu fiquei impressionada por ser Serejo Martins, porque eu sou Martins também. So que não assino no meu nome.
Inclusive meu pai fez um livro sobre a Família Serejo, Martins, Batista, e outros são muitos sobrenomes q fazem parte da família. E o nome do meu pai no livro é Serejo Martins.Mas o nome do meu pai é Adão Carlos Batista.
Bom então eu estou achando que você pode ser parente. Não sei.
Qualquer coisa meu orkut é http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=3598713298209289875

Ah eu tenho 11 anos.
Tchau.

Mi Guerra disse...

Serejo Martins, tenho um pé aí dentro, apesar de não assinar nenhum dos dois sobrenomes. Sou prima dessa menina lindinha q postou aí em cima, a Ana alice e o pai dela é meu tio, irmão da minha mãe. Legal encontrar pessoas que dividem conosco um pedacinho q seja da mesma história!!! Grande abraço e felicidades!!!